quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

É dada a largada

Ela desceu a ladeira, correndo!
Só olhava pra frente... Olho de quem só corre, sem saber oq quer.
Sem os óculos escuros estava desprotegida.
Os cachorros latiam a fim de avisar:
“-ei menina, esse aí é o caminho errado!”
E ela, corria!
Vestida se sentia nua, com vergonha de todos os olhares.
Era um vestido lindo... Branquinho!
Muito sol, a chuva seria mais conveniente!
Perdeu os freios dos pés, já não sabia mais parar.
 A segurança já estava tão distante.
Uma espiral maluca e sem fim.
Quis Salvador, todas as Chapadas e Paris... Uma mistureba só!
“-Para menina, dá tempo do coração dizer o rumar!”
Gritou um velhinho, que de tanta sabedoria já quase não tinha voz.
Em carne viva, agora eram os pés que imploravam por um curativo.
A cabeça maluca, girando e revendo todas as paisagens...
“-Enquanto não encontrar a estrela brilhante, eu não vou parar!”
Acelerou, como largadas de fórmula 1...
Desmaiou no asfalto queimando de sol!

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