segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Enterra você o amor que matou!


E ainda tenho que aceitar um vai com Deus,
Pq é sinal de amor incondicional...
Ah, faça-me o favor!
Excesso de preguiça isso sim!
Não deveria escrever certas coisas, falar outras... Pq não é ético... Não é decente, inibe a relação!
Vai pra porra com toda a baboseira!
Indecente na minha opinião é a indiferença!!!
Ame e demonstre por vc!
Cansei de amar por nós dois!!!
Tudo bem “publicar suas mentiras” vc n vai ler!!!
Rabiscos adolescentes!!!

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

No mesmo ponto!

Hoje eu chorei e velei os mortos que eu ainda não matei.
O olho quase verde de tão amarelo...
Mas, completamente sem brilho.
Nem o chuveiro que é sempre um bom abraço resolveu.
Sabe, tô cansada dos meus defeitos...
Queria mudar um pouquinho, só pra variar.
Trocar carência por orgulho.
Trocar talento por sorte.
Assim mesmo, ir numa venda e dizer:
“-Moço, troca 1 kg de medo por 1 kg de frieza?”
Não gosto mais das boas pessoas, pq elas tmb vão embora!
E a ausência fica ainda maior!
Vazio dentro e fora!
Doença difícil de curar essa...
A de SER humano.

Comigo no fim

Quando eu voltar,
Me faz uma festa?
To um pouco triste,
Um pouco carente,
Um pouco doente,
Um tanto entediada.
Por aqui tem sido bom!
Muitas reflexões...
Mas tão difícil.
Chega até ser agressiva a mudança.
Faltam-me os avós, os amigos,
Saber oq fazer nas horas do tédio.
To ciente já...
O fim dos tempos errados vem aí.
Na verdade já sabia.
Só fez uma velhinha de 90 anos e confirmar.
Essa dor de cabeça que não passa.
Todos nas suas boas rotinas,
E eu um peixinho fora d’água.
Já pensou se tudo acaba em fogo?
Não sei oq é pior, muito fogo ou muita água...
Muito vento tmb deve ser foda!
O problema é quando a catástrofe vem de dentro,
Tipo essa dor na cabeça,
Parecendo me consumir em fogo, água e vento...
Tudo ao mesmo tempo!

É dada a largada

Ela desceu a ladeira, correndo!
Só olhava pra frente... Olho de quem só corre, sem saber oq quer.
Sem os óculos escuros estava desprotegida.
Os cachorros latiam a fim de avisar:
“-ei menina, esse aí é o caminho errado!”
E ela, corria!
Vestida se sentia nua, com vergonha de todos os olhares.
Era um vestido lindo... Branquinho!
Muito sol, a chuva seria mais conveniente!
Perdeu os freios dos pés, já não sabia mais parar.
 A segurança já estava tão distante.
Uma espiral maluca e sem fim.
Quis Salvador, todas as Chapadas e Paris... Uma mistureba só!
“-Para menina, dá tempo do coração dizer o rumar!”
Gritou um velhinho, que de tanta sabedoria já quase não tinha voz.
Em carne viva, agora eram os pés que imploravam por um curativo.
A cabeça maluca, girando e revendo todas as paisagens...
“-Enquanto não encontrar a estrela brilhante, eu não vou parar!”
Acelerou, como largadas de fórmula 1...
Desmaiou no asfalto queimando de sol!

Versus

Uma oposição descrita.
O tradicional esforçando o diálogo ao eclético.
Um católico praticante.
Outro macumbeiro crente de todos os santos e Orixás.
Um que nem de acampar gosta.
Outro no meio da selva amazônica.
Um com seu bom carro, sua boa casa, seu bom trabalho, sua boa vida.
Outro sem bem saber o que vai jantar mais tarde.
Um acorda na hora que o outro vai dormir, nesse meio tempo se dizem: “Bom dia!”
Um saúde, outro boêmia.
Desse ponto de vista descobre-se que, qualidade de vida é algo bem particular.
Inteligência também é!
Que em uma horinha de descuido, pode brotar uma flor.
Sem água sabe?!
Pq não se aduba aquilo que não se tem fé.
Mais uma dessas da vida, para despregar tudo que já era sabido! 

!


Acordei querendo um dia mais sol.
Querendo um dia mais amigos.
Querendo um dia mais movimento.
O que tem pra hoje é você com você minha filha!
Tem um espelho aí...
Se te conforta.
Esforcei na telepatia, nela falei com um e com outro.
Aqueles mais antenados.
Saí na chuva.
Andei, andei, andei.
Não cheguei a lugar algum.
Ainda estava ali dentro comigo.
Há quem diga que isso é bom.
Mas agorinha, eu só queria dar uma voltinha.
Sair desse corpinho 1 metro e 58 centímetros.
Voar, nadar, correr...
Com segurança e alegria.
Poder ser grande.
Ter espaço para girar.
Dar passos contrários a morte.
Remoçar!
Não minha filha, oq tem pra hoje, é essa aí;
Limitada, que você já conhece todas as extremidades.
Conforme-se!
E SE faça o favor de evoluir!

Assim foi!

Cheiro e gosto ainda em mim...
A rede parou o tempo da mente, que correu no relógio.
Olhos fechados que vêem luzes desconhecidas.
Um tato... Um fato.
Encontro escondido, fabricado a meia sombra, com carinho, preocupação, admiração.
Corpo que une corpo.
Regressão inspirada em fogos de artifício.
Ficar a vontade, com cabelo, cara, roupa e emoção que quiser.
Crise de choro, riso, decepção, felicidade, gozo... Tudo bem!!!
Quando o dia acabar, chegam um suspiro e uma invasão de bom humor.

Menina Jaci

Numa tribo do muito distante, o costume antigo era; mulher menstruou, mulher fica presa.
Uma oca preparada para recebê-las.
Durante todo o ciclo sanguíneo elas ficavam lá. Sem luz do sol!
Quanto mais durava, melhor era a moça para casar.
Era considerada mais fértil, boa parideira.
E por ali, o que interessava mesmo aos homens, era mulher que pudesse ter muitos filhos.
Jaci, desde pequeninha olhava aquilo e achava uma afronta.
Pois Jaci um dia cresceu, mocinha virou, e lá foi ela... Carregada para a tal oca.
Ia a menina triiiste, parecia indo a uma forca.
Contava os dias dentro da toca escura, achando tudo uma grande tolice.
Acreditava no amor! Não em cadeia!
Não tinha vocação nenhuma para passarinho enjaulado.
Não dava conta de nada que se fazia por ali, não sabia trançar balaio, nem moldar tigela de barro, fazia tudo errado.
Levava três dias para fazer o que as outras faziam em poucas horas.
Gostava mesmo era de caçar, solta no mato.
Para o azar da pequena, era a que ficava mais tempo enclausurada, nove longos dias.
É muito tempo, se você pensar que o mês tem aproximadamente trinta dias, passava 1/3 de sua vida na escuridão.
Chorava quietinha, pq não podia despertar a curiosidade das outras.
Um dia, anunciada pela lua, na véspera de sua prisão, sumiu no mato.
Só carregou com ela o arco e a flecha de seu velho pai.
Nunca mais se teve notícias de Jaci!

Papos que enriquecem!

Um legítimo Preto Velho.
De carne, osso, chapéu e cigarro de palha.
Contou que um cara invejoso plantou cobras de duas cabeças em seus tendões.
Já não podia andar, cinco anos de sofrimento.
E vejam só, um Exú foi quem salvou.
Na grande sabedoria, advertiu que a batalha cotidiana é se suportar.
Que os bichos de muitas cabeças devemos deixar passar.
Ao invés de ficar contando quantas cabeças tem.
Disse já me conhecer, que sua impressão era que já fomos parentes em outras.
De nada sei, sei que o velhinho é muito do humilde e gracioso.
Seu Pedro.