sábado, 30 de outubro de 2010

Ai de hum!

Lembro-me de quando dormiu no meu quarto,
Perdeu a hora,
Acordou com medo de ir embora e pediu para ficar um pouquinho mais.
Tão bonito! A expressão sapeca apaixonada.
O medo de ser mulher demais.
A angustia de ser mulher de menos.
O choro desesperado.
O abraço apertado.
-Sem você não posso mais!
Amor num tiro só,
Pra roteirista nenhum botar defeito.
Abrindo cada segredo, como a uma fita de embalagem para presente.
Presente imediato, que não sabia quase nada do passado,
E já matava o tal futuro num beijo demorado...
Sumiu! Descendo alguma dessas escadarias.
A lembrança virou fumaça, que sai do escapamento de uma nave qualquer.

Nenhum comentário:

Postar um comentário